Para apimentar a nostalgia, queridos primos e tios, de volta ao passado, para ser mais exato ao São Lourenço (décadas de 1960 e 1970), provoco a memória de todos vocês e afirmo que era um hábito comum a todos nós ao nos dirigirmos ou nos referirmos aos nossos pais e avós, utilizarmos os termos papai, mamãe, vovô e vovó, termos que sem dúvida, revelam uma maior intensidade afetiva entre filhos e pais, netos e avós.
Hábitos saudáveis e típicos das comunidades rurais. Todavia, com o início de uma nova fase da indústria no Brasil e com a veloz urbanização brasileira, somado ao fato de que ingressamos na adolescência, começamos a nos sentir constrangidos em se dirigir aos nossos país e avós, como dantes nas terras dos Ribeiros, e aos poucos passamos a utilizar os termos pai e mãe e a duras penas , conseguimos perpetuar o termo vovô e vovó.
Todavia, os nossos filhos e netos, boa parte, ignoram estas tradições. E digo mais, inclusive, o hábito de pedir a benção está sendo gradativamente abandonado. O Brasil rural, mais afetivo e mais solidário, está cedendo lugar a um Brasil menos afetuoso, mais empreendedor e mais racional, o que nos coloca como imperioso o esforço, não de uma volta ao passado, porque de uma vez por todas, nem como hipótese pode figurar tal pretensão. Mas sim, como se modernizar, progredir, recorrendo a um grande revolucionário: Ernesto Che Guevara, "temos que endurecer sem perder a ternura". No Brasil do século XXI é impossível sermos como nos anos 1950 e 1960, quando o Brasil era uma sociedade rural, todavia, valores humanistas e éticos, creio que devemos nos esforçar para perpetuá-los.
Observação: estes relatos que eu fiz tenho certeza que são válidos para a família do meu pai, já com relação a família da minha mãe, deixo que responda o Tio Lilo, o Luís da Tia Nana e outros que viveram e conheceram o São Lourenço, terrinha que o vovô Luís Baiano e a vovó (Maria Baina) moraram por algum tempo.
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