sexta-feira, 29 de junho de 2018

O DRAMA DO TIO JUSCELINO


o Tio Juscelino quando estava prestando o serviço militar obrigatório, ou como é dito popularmente, servindo o Exército Brasileiro, teve a infelicidade de disparar acidentalmente a sua arma, um Mosquetão,  que culminou com a morte do soldado atingido pelo disparo de sua arma.
Como o Tio era uma pessoa de bem, nunca mais foi o mesmo depois desta tragédia. Tornou-se uma pessoa triste, distante mesmo. Constituiu família (mulher e filhos),  mas o fato de em um fatídico dia, ter tirado a vida de alguém, na condição de cristão que era, o tornou em certa medida, numa pessoa infeliz. Ouso dizer que este acidente se refletiu na relação dele com a família, amigos e conhecidos. 
Da minha parte, pouco convivi com os parentes maternos, assim sendo, pouco sei sobre o Tio Juscelino, mas confesso, gostaria muito de ter tido uma convivência maior com ele e, quem sabe, em alguma medida, ter contribuído para que  a dor no peito (dor moral) que ele carregou pelo resto de sua vida após este acidente, tivesse causado menos tristeza a ele.

EDUCAÇÃO PARA O PATRIOTISMO OU PARA O SOFRIMENTO?

Lorraine, o seu filho, Bernardo e o seu Marido, o Herbert. Quero aqui fazer a seguinte pergunta, Lorraine: vocês estão educando o meu neto a ser um patriota ou  a sofrer desde cedo? Estou no aguardo da resposta.

domingo, 24 de junho de 2018

BAIANO E BAIANÃO


Nos anos 1960 e 1970, período que morávamos em São Lourenço, o preconceito contra nordestinos no Centro-Sul do País era muito maior do que é atualmente.  A causa de toda esta animosidade que contrapõe nortistas e sulistas  (popularmente  a divisão regional brasileira se reuduzia a região Norte e Sul, isto durante praticamente todo o Século XX). 
A sociedade brasileira em meados do Século XX era predominante analfabeta, especialmente no meio rural, assim sendo, desconhecia a divisão regional adotada pelo IBGE e ensinada nas escolas, quais sejam,  Norte, Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul. 
O povão reduzia o Brasil a duas regiões: Norte e Sul, Aliás, a música " A TRISTE PARTIDA", interpretada pelo cantor nordestino, Luis Gonzaga, utiliza esta expressão,  em um trecho : "entonce o Nortista tão forte, vai ser escravo no Norte ou no Sul".
A causa deste preconceito e aversão recíproca entre os nordestinos e o Centro Sul do Brasil, historicamente, explica-se pelo fato de no Nordeste Brasileiro, no período colonial estar localizado o poder político econômico e político do País, ciclo da cana-de-açúcar. Não por acaso, a capital brasileira era Salvador. 
Todavia, a crise da atividade açucareira no Nordeste deslocou o poder político e econômico para o Estado de São Paulo, mais precisamente para a burguesia cafeeira. A partir de então foi estabelecido um clima de disputa pelo poder político e econômico no País. Da parte  do Nordeste a luta se dá visando recuperá-lo. No Centro Sul, liderado pelo Estado de São Paulo, a luta se dá no sentido de mantê-lo.
Por conta disso ao longo do tempo foi se construindo todo um discurso de preconceito e a discriminação tanto no Centro Sul como no Nordestre de uma região contra a outra. Não por acaso, no Nordeste, os nordestinos quando querem desqualificar alguém o chamam de Paulista. E no Centro Sul, quando se deseja desqualificar um nordestino, é só  chamá-lo de baiano.
No Sul do antigo Estado de Mato Grosso, atualmente Estado de Mato Grosso do Sul, o qual sofreu um colonialismo cultural paulista, não por acaso a maioria dos seus habitantes torcem para os times paulistas, enxergam São Paulo como Estado Modelo, e claro, reproduzem o preconceito contra nordestinos.
Trazendo esta discussão para o contexto doméstico, ou seja, o São Lourenço, quando o desejo era desqualificar alguém que cometia um erro, expressava um ponto de vista equivocado,etc.,  dizia-se: "você parece que é baiano". 
O carrapicho, uma erva daninha e espinhosa e até certo ponto odiada, não por acaso, é conhecida popularmente como "bosta de baiano".
Logo ser apelidado de baiano em nosso Estado era constrangedor. E eu e o Alberto por sermos netos de Luis Baiano (meu vô realmente nascera na Bahia),fomos carimbados com os  apelidos:  Enio(Eu, de Baiano e  o Alberto ,Baianão, verdade seja dita, nos sentíamos bastante constrangidos. No entanto, com o  passar do tempo aprendemos a administrar esta situação e, modéstia a parte, tiramos de letra.
 E vejam queridos parentes, como são as coisas, hoje, a Bahia exerce o papel de uma capital cultural do Brasil, especialmente, Salvador, na música, carnaval, etc. Atualmente ser denominado de baiano significa diante do novo contexto um elogio, "status" mesmo.  

sábado, 23 de junho de 2018

VISITA AO MUSEU HISTÓRICO DE DOURADOS

vvv
Visita que fiz com o meu filho caçula ao Museu Histórico de Dourados no ano de 2016. Ele gostou muito do que viu e aproveitou bastante a visita  para conhecer um pouco mais sobre a História de Dourados.



EU E O MEU FILHO, O DANILO

Foto com o meu filho, Danilo (20 anos), em um monumento erguido em uma praça pública da cidade de Pedro Juan Caballero (Paraguai), em homenagem aos soldados paraguaios que lutaram na guerra do Chaco (Pantanal aqui no Brasil). Esta guerra envolveu o Paraguai e a Bolívia.

A ESPERTEZA DO TIO LILO


Luis Baiano quando comprou terras em Mato Grosso (uma fazenda), de imediato não mudou-se para lá. As terras estavam ainda virgens e eram muito isoladas da cidade. Por conta disso, primeiramente foram os seus filhos, sem as famílias e  tomaram as primeiras providências visando ocupar  aquelas terras. Providências como construir casas, abertura de estradas, início da derrubada de parte das matas existentes na fazenda, etc. 
Por conta disso era uma região muito  doentia e dentre as doenças muito comuns, a febre malária, era uma delas. Os seus filhos dormiam em redes e ficavam totalmente expostos as picadas dos mosquitos transmissores desta doença. No entanto, o Tio Lilo, bastante esperrrrrto levou um mosquiteiro com o qual cobria-se durante a noite, e graças a este cuidado safou-se de contrair as doenças, ao contrário dos seus manos.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

ASSIM ERA O TIO SEBASTIÃO

 Em 1996 fui visitar pela segunda vez os primos e tios residentes em Mato Grosso, pertencentes, óbvio, a Família Oliveira. Chegando a fazenda que fora de Luís Baiano e Maria Baiana, me hospedei por alguns dias por lá. Em um desses dias ocorreu um jogo de futebol. O Tio Sebastião era um dos jogadores. Mas a preocupação dele não era exatamente a mesma demonstrada pelos demais jogadores, para os quais,  embora fosse uma brincadeira, era importante vencer o jogo. 
Para o Tio Sebastião a preocupação era dar um drible no estilo Mané Garrincha em alguém. Depois de inúmeras tentativas ele conseguiu o seu intento. 
Ao conseguir dar o inusitado drible, sentiu-se totalmente realizado, o mais feliz dentre todos os seres humanos do Planeta. Sentou-se na beira do campo e deu gargalhadas e mais gargalhadas.  Para ele o jogo encerrara a partir deste momento.

PRA CORREÃO.

Acredito que nesta foto estão os Tios Zé, Lilo e o Miguelzinho Lopes (este último, cunhado do Tio Zé Baiano) e  a frente temos a Tia Ana e os seus filhos (Joãozinho e Cida). O menino com paletó preto, é o Josafá, filho de um irmão do Vô Luis Baiano. E a mulher da esquerda, tenho que descobrir o nome.

quinta-feira, 21 de junho de 2018

OS TIOS

Da esquerda para a direita temos os Tios Dito, Nana e Lilo. A Tia Nana e o Tio Dito (falecidos), e o Tio Lilo, o único dos filhos de Luis Baiano  vivo,  sendo que o Tio Dito era o filho mais novo e a Tia Nana a mais velha, dentre todos os filhos, do casal Luís Baiano e Maria Baiana.


AS TRIGÊMEAS

Eis aí um registro do Tio Sebastião com as suas três filhas (trigêmeas), três princesinhas. Eu as conheci quando estavam com cerca de 12 anos. Todavia, antes de conhecê-las,  tinha ouvido e muito a Tia Dila fazer referências a elas. A Tia Dila para os primos mais novos, era irmã da Vó Maria Rosa (Maria Baiana) e morava em Dourados, juntamente com o seu filho Zezinho (os dois já faleceram). Como resido em Dourados, algumas vezes a visitava e aí a conversa sobre a baianada ia longe.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Nesta foto que deve ser um registro de aproximadamente 05 anos atrás, na casa do Alberto, em Caarapó, temos da esquerda para a direita: Josefa da Silva (popular Jôse) e o  Daniel, respectivamente esposa do Enio, Enio e o Alberto.


HISTÓRIAS SOBRE AS COPAS



Em conversas que tive com o meu pai sobre  as Copas do Mundo realizadas nos anos 1950 e 1960, os relatos que ele fez é de que,  quado possível, os amantes do futebol as acompanhavam pelo rádio.Desnecessário dizer que nem todos tinham condições de comprar um rádio. E mesmo quando tinham, em virtude de serem alimentados com baterias e mais tarde com pilhas -  a oferta de energia era escassa -  quem possuía um rádio, utilizava com muito critério, em torno de meia hora por dia. Dificilmente alguém tinha um rádio para ouvir jogos. 
Sendo assim, as pessoas, não raro andavam quilômetros à pé, de bicicleta ou à cavalo até a casa de algum generoso cidadão que tivesse um rádio e que o disponibilizasse para ouvir transmissões desportivas. O meu pai, amante do futebol, era um dos raros cidadãos que possuía um rádio em São Lourenço e o utilizava para tais eventos, dentre eles, as copas. Havia muito ruído na transmissão, mas ainda assim, as pessoas não desistiam de ouví-la, torcer e sofrer pelo Brasil.
Ele me relatou que o meu avô materno, o Luís Baiano, possuía um rádio, mas era expressamente proibido ouvir jogos no mesmo. Ocorre  que um dos seus filhos o Tio Lilo, um amante do futebol, desafiava o Luís Baiano e vinha para a casa do meu Pai, já que este casara-se com a sua irmã, a Izaura. Algumas vezes, o Tio Lilo, dormiu na casa do meu pai, o que não agradava de jeito nenhum a Luís Baiano, mas o Tio o desafiava.
Já no início dos anos 1970, entrou em cena a TV branco e preto, não em São Lourenço, mas em Dourados. Todavia, as transmissões desportivas não eram realizadas ao vivo. Assistia-se ao videotape, isto é, uma gravação. No caso de Dourados, depois de aproximadamente duas horas do jogo realizado, o videotape chegava em avião vindo do Rio de Janeiro, quando então era exibido em alguns pontos da cidade: o Bar Douradense era um destes pontos. Como em 1970 o Brasil venceu todos os jogos, as pessoas  ouviam o jogo pelo rádio e depois vinham para Dourados assistir o videotape. Vinham na caminhonete Wyllis de Edson Daniel. Lembro-me de uma noite que esta viagem foi feita em dia muito frio. Mas ninguém até  hosto se mostrou  arrependido do sacrifício realizado.

TIO GABA, UMA BOA MEMÓRIA

Em 1982 resolvi visitar a Família Oliveira, a qual, mudara-se para Cáceres, Mato Grosso, no início da década de 1970 e desde então nunca mais nos visitamos. Se tornamos, por assim dizer, ilustres desconhecidos.  Quando esta família mudou para Mato Grosso, eu ainda era uma criança. Pois bem, em 1982, eu já estava com 22 anos. Pra ser mais exato cheguei na fazenda da Vó Maria no mês de Julho de 1982, á noite, acredito que por volta de umas 20 horas. 
Fiz esta viagem de ônibus, portanto, cheguei a fazenda como uma mochila nas costas, um andarilho, diga-se de passagem com um medo danado de encontrar uma  onça no trajeto compreendido  da rodovia até a fazenda. Nunca havia estado neste lugar. Bati palma e vieram me atender o Tio Dito, a Vó Maria e o Gaba. Todos ficaram me olhando. Disse a eles: Boa Noite. depois perguntei: é aqui que mora a família do Luís Baiano?. Todos me olharam intrigados. Vocês não estão me reconhecendo? Ninguém respondeu nada. Depois de alguns minutos, o Tio Gaba disse, você é o Enio, o filho da Izaura. Ele foi o único que me reconheceu. Depois disso foram muitos abraços e grande parte da noite me pus a falar dos conhecidos que a Família Oliveira havia deixado em Caarapó e Dourados e sobre os quais, com grande ansiedade, desejava saber notícias. Naquele tempo não  havia telefone celular, watasapp, logo  o isolamento era físico e virtual. Aquela foi  uma noite fantástica.

 Tio Gaba. Este olhar é marcante.

TIO LILO, ESPOSA E FILHOS.

Família do Tio Lilo. Eis os nomes dos membros desta Família, da esquerda para a direita: Tio Lilo, sua filha Gilvânia Cardoso de Oliveira (popular Gil), sua espoa Iraci Cardoso de Oliveira e o seu filho Altair Aparecido de Oliveira. Uma imagem bonita de se ver.


terça-feira, 19 de junho de 2018

TIA CIDA E A ROSANA

Esta é a Aparecida Oliveira, a Tia Cida e ao colo a sua filha, a Rosana. A Tia Cida é natural de Caarapó (MS), Família dos Bingas. Conheceu o Tio Dito ainda muito jovem, quando este morava aqui em Caarapó. Com ele teve três filhos, sendo duas meninas e um menino.


segunda-feira, 18 de junho de 2018

OSMAR

Osmar de Oliveira, era o filho mais novo de Tio Zé Baiano e a  Tia Ana Lopes, a primeira esposa do Tio, que morreu vítima de câncer no Saverá (Caarapó- MS). Não demorou muito o vô Luís Baiano comprou uma fazenda em Cáceres, Mato Grosso, e o Tio Zé Baiano, a exemplo dos outros filhos de Luís Baiano se mudou para aquele Estado. O Osmar morreu muito jovem a exemplo da sua irmã, a Ivani.
Quem tomou conta dele e dos demais irmãos, por muito tempo, foi a Dona Tereza, mãe da primeira esposa do Tio Zé Baiano, a Tia Ana. Mesmo depois do Tio Zé Baiano ter se casado com a Tia Fia, uma cacerense, a Dona Tereza morou por muito tempo em Cáceres, e, durante todo o tempo que esteve lá cuidava com grande zelo dos netos. 


Osmar, quando era bebê.

ALTAIR E ESPOSA

Altair Oliveira e sua Esposa,  Lindaura Silva de Oliveira. Ao casal desejamos, todos nós, da Família Oliveira,  que percorra 50 anos de convivência, seguindo assim, os passos do Tio Lilo e da Tia Iracy, primo Altair.


UM MOMMENTO DÍFICIL PARA O JOÃZINHO.

Temos da esquerda para a Direita: Altair Oliveira (filho do Tio Lilo), Aparecida Maria Oliveira e João  Oliveira (popular Joãozinho), ambos filhos do Tio Zé Baiano. O Joãozinho está vivendo um momento difícil, haja vista que, no momento está sem a visão. Mas ainda assim, pousou para esta foto, demonstrando que a vida continua e os desafios serão enfrentados. Que Deus te dê muita força Joãozinho.


TIOS LILO E IRACI, 50 ANOS DE CASADOS


Tio Lilo ou Arcenilio Plinio de Oliveira e Iraci Cardoso de Oliveira selando os 50 anos de casados com um beijo, sob os aplausos do filho do casal, Altair de Oliveira. Realmente é um feito histórico que merece ser comemorado. Que venham os outros 50 anos, queridos tios.


domingo, 17 de junho de 2018

A MARCHA PARA O OESTE UNIU OS RIBEIROS A FAMÍLIA DE LUÍS BAIANO



EM 1943, o então presidente Getúlio Vargas, assinou o decreto criando a Colônia Agrícola Nacional de Dourados (CAND). Por conta desta reforma agrária em nossa região,  dez mil famílias  foram assentadas em Dourados, oriundas de vários estados e regiões brasileiras: Minas Gerais, Goiás, São Paulo e  milhares de nordestinos. Também imigrantes sírios, paraguaios, italianos e japoneses. Só de japoneses, graças ao acordo feito na época entre o governo brasileiro e do Japão, mil famílias foram assentadas em Dourados.
Pois bem, neste contexto, se inserimos nós, oriundos de nordestinos. Os Ribeiros (Augusto Ribeiro, Purcina Ferreira e  filhos) todos nordestinos que,  no ano de 1954,  se estabeleceram no município de Itaporã, então um distrito de Dourados. Seis meses depois foram morar em São Lourenço, Caarapó. Por outro lado, Luís Antônio de Oliveira (popular Luis Baiano) e sua esposa Maria Rosa Oliveira, nascidos na Bahia, para cá se mudaram com os filhos. Este casal adquiriu terras em São Lourenço e para cá se mudou, sendo acompanhados pelos filhos.


Maria Rosa de Oliveira (Maria Baiana)
Luis Antônio de Oliveira (Luís Baiano)

Já morando em São Lourenço, Epifânio Ribeiro (meu pai) filho de Augusto Ribeiro e Purcina Ferreira conheceu Izaura Ribeiro de Oliveira (filha de Luís Baiano e Maria Baiana) com quem mais  tarde começou a namorar e finalmente casou-se, e, desta forma um laço de parentesco e de amizade se estabeleceu entre as duas famílias (Ribeiro e de Luís Baiano).
O interessante é que no início, a minha avó paterna (Purcina Ferreira), não queria de jeito nenhum que o meu pai se casasse com Izaura, já que a imagem construída sobre o Luís Baiano, era a de ser  muito ignorante e mau. Ignorante, sim, mau não. E a minha avó temia pela vida, naturalmente de seu filho,  o Epifânio Ribeiro. 

Purcina Ferreira e Augusto Ribeiro

Lembrete: Luís Baiano, primeiramente morou em São Lourenço, depois em Nova América e finalmente no Saverá, próximo a Caarapó. onde comprou uma fazenda para qual se  mudou juntamente com todos os seus filhos. E no início da década de 1970, comprou terras no muncipio de Cáceres,em Mato Grosso, mudando-se mais uma vez com toda a família. 

sábado, 16 de junho de 2018

OS MUTIRÕES EM SÃO LOURENÇO.



Nos anos 1950 e 1960 a estrada que ligava o São Lourenço a Nova América, Caarapó e Dourados apresentava-se  muito precária.Esta estrada atravessa o Córrego São Lourenço, sendo que nas duas margens deste córrego existe uma planície com extensão de aproximadamente  300 metros em cada lado  e que nas décadas citadas, era extremamente pantanosa, haja vista que, naquele período histórico, o São Lourenço ainda estava coberto de matas e, como se sabe, onde existem florestas, o reservatório subterrâneo aquático é muito mais raso, mais próximo mesmo da superfície terrestre, porque a água é puxada pelas raízes das árvores. 
Assim sendo, nesta planície, as águas ficavam acima da superfície terrestre, alagando-a, formando extensos pântanos. Alguém que se propusesse atravessá-la com algum veículo, era quase certo que atolaria. Até tratores muitas e muitas vezes atolaram ao atravessá-la. Sendo mais claro, mesmo a pé, atravessá-la era um grande desafio.
E, naquele período a Prefeitura Municipal, primeiramente de Dourados, já que  até 1958, Caarapó era um Distrito de Dourados e mesmo  depois da transformação deste  distrito em Município,  a Prefeitura de Caarapó, não se fazia presente prestando  serviços em benefício dos camponeses residentes em São Lourenço, dentre eles, abertura e manutenção desta estrada.
Diante disso os  camponeses tiveram que realizar a  manutenção e os melhoramentos nesta estrada, o que fizeram, recorrendo aos mutirões. Dentre as famílias que participaram destes mutirões podem ser citadas a dos Ribeiros, dos Lopes, a de Luís Baiano, do Pascoal, do Seo Agostinho e outros.
Os camponeses constituíram diversas equipes: a de roçadas, a que abria valetas visando a drenagem desta planície pantanosa,  pela colocação de pedras nos atoleiros (buracos) e a de alimentação, constituída pelas  mulheres dos camponeses. E desta forma lograram êxito  em romper o isolamento que São Lourenço estava condenado a sofrer em relação a Nova América, Caarapó e Dourados, caso não fizessem nada. 
Lembrando que os camponeses  precisavam ir a um destes lugares para comercializarem o excedente de suas respectivas produções agrícolas, em especial a de arroz e comprarem alguns produtos industrializados: açúcar, querosene, farinha de trigo, fumo caipira, farinha de mandioca, enxadas, foices, machados, etc. 
E estes mutirões contribuíram para aproximar estas famílias e estabelecer um espírito de cumplicidade entre elas, uma relação que pode-se dizer de parentes.  Era como se,  em São Lourenço, existisse uma única família. 
Era muito bonito  ver o momento em que as famílias paravam para as refeições. O cardápio era constituído por ovo frito, farofa, arroz, feijão, carne de frango, café, bolo de milho. Porém, como eram preparados por diversas cozinheiras, o tempero das refeições era diferenciado. E os camponeses, num espírito de muita camaradagem, de cumplicidade e de partilha, saboreavam as refeições preparadas por todas as cozinheiras e, ao saborearem pratos com temperos diferentes a comida ficava mais apetitosa. Ou seja, as paradas para as refeições, se constituíram  em momentos de festas, de confraternização e que marcou indelevelmente a todos àqueles que viveram estes momentos, além de ter contribuído para selar um clima de muita confiança entre todas as famílias camponesas residentes em São Lourenço.
Observação: quando alguma das famílias camponesas precisava plantar ou colher em tempo record, muitas e muitas vezes, recorreu-se aos mutirões.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

GABA, UM SOLITÁRIO

Izaurino de Oliveira, (popular Gaba), filho de Luís Baiano,  ainda criança sofreu uma queda, acidente que afetou o seu cérebro e por conta desta queda, durante toda a sua vida apresentou deficiência intelectual. Por conta disso nunca pode casar-se e quando moço apaixonava-se por todas as moças que via. Costumava dizer que estava namorando-as, claro, que elas de nada sabiam. Eram coisas que ele punha na cabeça e cria que fossem reais. Esta deficiência intelectual o irritava muito e somada a impossibilidade de namorar, casar-se, constituir uma família, fez dele uma pessoa muito rebelde. Por tudo isso praticava pequenas malvadezas, especialmente com a sua mãe, a Maria Baiana. 
Mas mesmo sendo muito um rebelde, temia o seu pai, o Luís Baiano, em virtude deste também ser muito nervoso (esquentado), sendo assim contra este nada aprontava. Agora
 com a Vó Maria, quando ela pedia, por  exemplo, para  capinar as ervas daninhas do jardim da casa em que moravam, ele propositalmente capinava também as flores.


SERVINDO A PÁTRIA

Tio Dito (Benedito) serviu o Exército Brasileiro, o que para Luís Baiano (seu pai), não foi um bom negócio, já que o Tio Dito era o único filho que  dirigia as viaturas da família. Viaturas utilizadas para a lida na fazenda e para as caçadas que o Luís Baiano gostava de fazer. Aliás, o Tio Dito era um excelente motorista.Mas enquanto esteve servindo o Exército Brasileiro, Luís Baiano teve que diminuir a frequência com que caçava.


AS DUAS FILHAS DA TIA NANA


Nesta foto temos as duas filhas da Tia Nana e uma amiga delas. As filhas da Tia Nana são da esquerda para a direita. Aparecida (Cida) e a Marta. Ambas residem no Estado de Mato Grosso. Ambas são mães e avós. Meninas simpáticas e fotogênicas. Fazem jus ao orgulho da baianada.


LUIS BAIANO, FILHOS, NETOS E ESPOSA

 Na foto de cima, da esquerda para a direita, temos: Luis Baiano, Tio Sebastião e os seus filhos,  junto a ele o Tio Sebastião e  mais a direita, o Zé Baiano; já  as crianças da foto são seus netos Aparecida (popular Cida), Ivani, Joãzinho e o Osmar no colo da mãe.  Todas as crianças da foto são filhos do casal  Zé Baiano e da Tia Ana. A Tia Ana é a senhora que aparece nesta foto.

  
Aqui temos o casal Maria Rosa de Oliveira (Maria Baiana) e Luís Antônio de Oliveira (Luís Baiano)

CURIOSIDADES SOBRE O LUÍS BAIANO.


Certa vez, Izaura Ribeiro fora visitar Luís Baiano, percurso que fez à cavalo. Para esta visita me levou. Ocorre que ao chegar na casa do meu avô (Luís Baiano), eu comecei a chorar. E ele recebeu Izaura muito irritado e foi dizendo: "joga este menino no chão". Este relato foi feito a mim pela Tia Dila.


quinta-feira, 14 de junho de 2018

O GALÃ

Este é o Tio Lilo. Como se vê posava de galã. O Tio Lilo,diferentemente dos outros filhos de Luis Baiano teve muitos problemas de relacionamento com o pai, por conta dos conflitos de geração, tão comuns entre pais e filhos. O Tio queria viver mais em conformidade com os valores e sonhos de sua geração, sonhos que  Luís Baiano não os aceitava. 
O Tio gostava de futebol, se vestir e se calçar conforme os jovens de sua época, tudo o que o Luís Baiano era contra. Os outros filhos aceitavam mais facilmente as vontades de Luis Baiano, razão pela qual tiveram menos conflitos com o  Pai.

UMA BAIANADA

Aqui temos os filhos de Luís Baiano em frente ao caminhão e a caminhonete adquiridos por ele  quando era proprietário da fazenda que possuía no Saverá, Município de Caarapó (MS).
Luís Baiano, para o contexto da época, era autossuficiente, fazenda bem formada, dispondo de viaturas e fartura. 
No entanto era muito rigoroso com o filhos. Estes não não puderam concluir sequer o ensino primário (1º a 4º anos), eram submetidos a uma jornada longa e desgastante de trabalho e praticamente estavam privados de  lazer, tais como praticar futebol, ouvir rádio. O Velho era linha dura.



MARIA BAIANA

Foto de Maria Rosa de Oliveira (Maria Baiana), ela que viveu 92 anos e ficou viúva após a morte de Luis Baiano. Permaneceu vivendo com os filhos na fazenda que compraram em Mato Grosso até o seu falecimento.


Nesta foto temos sentado em uma cadeira de roda o Rubens casado com Cida, filha da Nana (Ana Pereira). O Rubens há cerca de dez anos infelizmente sofreu um grave acidente automobilístico e ficou para-plégico. Nesta foto ele se faz acompanhado da esposa, filhos e amigos.


TIOS E SOBRINHO

Nesta foto da esquerda para direita: Benedito (popular Dito), Gaba e o sobrinho deles, o Luis, filho da Tia Nana. Tio Dito e o Tio Gaba faleceram no ano de 2017. O Luís,  filho mais velho da Tia Nana reside no Mato Grosso. Enquanto Benedito e Gaba estavam residindo no Estado de São Paulo.

UM CASAL DE BAIANOS

Maria Rosa Oliveira ou simplesmente Maria Baiana e Luis Antônio de Oliveira (popular Luis Baiano) ao final dos anos 1960, quando o casal  residia no Saverá, município de Caarapó. No início dos anos 1970 este casal comprou uma fazenda no município de Cáceres (MT) e se mudou para lá com os filhos. 
 Em Mato Grosso enfrentaram muitas dificuldades: doenças, especialmente a febre malária e de chagas,falta de estradas e a morte de Luís Baiano pouco tempo depois de ter comprado estas terras. Lembrando que os seus filhos não tinham experiência administrativa, portanto, com a morte de Luis Baiano, encontraram muita dificuldade para administrarem esta propriedade . Moral da  história: foram aos poucos se desfazendo (vendendo) parte das terras, de tal sorte que atualmente, apenas a Tia Maria tem um pedacinho de terra do que outrora fora uma fazenda


quarta-feira, 13 de junho de 2018

CURIOSIDADES SOBRE A PERSONALIDADE DE LUIS BAIANO



Luis Baiano (foto) era uma pessoa muito nervosa. Por exemplo se ele tivesse deitado em uma rede para tirar um cochilo e uma galinha começasse a carcarejar (cantar), ele sacava do revólver e matava o pobre animal. 


BALTAZAR,

Este é o Baltazar, filho da Ana  (popular Nana). Atualmente está morando em Cuiabá (MT). Quando era criança junto com o seu irmão Baltamar formou uma dupla sertaneja. Andaram se apresentando em algumas emissoras de rádio. Mas depois por conta de dificuldades financeiras, acabaram por desistir do sonho. Mas o Baltazar, sempre que pode, brinca com uma viola.


LORRAINE

Lorraine, filha de Enio Ribeiro. Lorraine que é mãe do Bernardo, bisneto de Izaura Ribeiro


CASAMENTO DO ALBERTO


.


Casamento do Alberto e Jandira 12  de julho de 1986, Caarapó



Comemoração de Bodas de Prata do Alberto, 12 de julho de 2011.Nesta foto estão os dois irmãos: Enio e Alberto e a família de ambos.  

terça-feira, 12 de junho de 2018

IZAURA E FILHOS

 Izaura e filhos. Nesta foto temos da esquerda para a direita: Enio, Alberto, Aurélio que está em pé aos pés de Izaura, enquanto em seu  colo,  a sua filha cacúla, a Célia. Esta foto data de 1964. O interessante é que quis o destino que os três que viriam a falecer entre 1964 e 1965 (Célia, Izaura e Aurélio) ficassem juntos com Izaura, enquanto o Enio e o Alberto, filhos de Izaura que estão vivos, ficassem  descolados dela e dos outros irmãos. Caprichos do destino.
Izaura era muito querida pela sua família (pais e irmãos) e pela família de Epifânio Ribeiro (sogros, cunhados e sobrinhos).


TIO DITO E FAMÍLIA

Aqui temos o Benedito (popular Dito) juntamente com a sua esposa, a Cida e os seus filhos Zezinho e Rosana. O Tio Dito era o filho mais novo de Luís Baiano. Era motorista oficial de Luís Baiano, o qual, gostava muito de caçar veado e perdiz. Luis Baiano domesticava os seus cachorros para que fossem perfeitos para sair no encalço de um veado ou fazer uma perdiz levantar voo e ser abatida.


OS FILHOS DE EPIFÂNIO

Nesta foto temos os filhos de Epifânio Ribeiro que estão vivos. São eles da direita para esquerda: Enio e Alberto (filhos de Epifânio com a Izaura) e Alcione, Paulo César  (Paulinho) e o Leandro, filhos da segunda esposa de Epifânio com a Lurdes Gabriel.


ALBERTO, FAMÍLIA COMPLETA

Nesta foto temos o Alberto e Jandira (casal a frente) e atrás os seus três filhos . Da direita para a esquerda são eles: Diny, Doy e Danielly. Todos com o nome se iniciando com a letra D. São três tesouros para o Alberto e Jandira.

ALBERTO E FAMÍLIA

Nesta foto temos o Alberto Ribeiro (centro) com a sua esposa Jandira, á direita e a sua esquerda temos a Diny (braço erguido) e a Danielly. Uma família muito unida e  integrante da Igreja Batista Nacional, em Caarapó, da qual o Alberto é Pastor.
Lembrete: o Alberto é um dos filhos de Izaura Ribeiro.


DINY, A FOTOCÓPIA DA VÓ IZAURA

Esta é a Diny, a filha  mas velha do Alberto que aparece nesta foto com o seu marido, o Higor. Ela é a neta que se parece muito com Izaura Ribeiro, sua avó. Curiosamente está com 29 anos, a idade que  Izaura faleceu, isto no ano de  1964


FESTA DO 1º ANO DE VIDA DO NETO DE ENIO RIBEIRO

No dia 30 de maio de 2018 foi realizada a festa do 1º ano de vida do netinho de Enio Ribeiro, o Bernardo. O Bernardo é filho da Lorraine , a qual é filha de Enio Ribeiro). Na fota da direita para esquerda: Herbert (genro de Enio Ribeiro), Paulo César (poular Paulinho), irmão de Enio Ribeiro, Enio Ribeiro e Lorraine Barros com o Bernardo ao colo.



segunda-feira, 11 de junho de 2018

CASADOS HÁ QUARENTA E SEIS ANOS

Este é o Luis Pereira Oliveira, filho da Tia Nana e a sua esposa. Os dois vivem juntos há 46 anos. O casal é evangélico e o Luís se parece fisicamente demais com o avô Luis Baiano, porém,  bem diferente quanto a   personalidade e temperamento. O Luís  é calmo e muito equilibrado ao contrário do avô que era muito nervoso.





Esta é uma outra foto dos primos.

IZAURA RIBEIRO, UMA AUTÊNTICA CAMPONESA

Izaura Ribeiro, com apenas 29 anos veio a falecer, vítima que fora de um enfarte fulminante, isto no ano de 1964. Apesar de uma morte prematura marcou profundamente as pessoas com as quais conviveu, todos a admiravam pelo gosto que tinha na lida com animais, tirar leite das vacas, domar os animais bravios, castrar cães e gatos, além disso adorava cavalgar. Em resumo era uma autêntica camponesa.


TIA NANA E TIO ANTÔNIO

Este é um registro feito há mais de 60 anos atrás, na qual, temos o casal Ana Oliveira Pereira - popular Nana -, Antônio Pereira e o primeiro filho do casal, Luis Pereira Oliveira. A  Nana, quando moça, gostava muito de bailes, ocorre que o seu Pai, o Luís Baiano era extremamente sistemático e não a deixava frequentar os bailes. Todavia a Nana dava um jeito de pular pela janela e ir para os bailes. No outro dia, claro,  a Tia Nana,  tinha que encarar o  pai e  que lhe dava broncas   surras e broncas, mesmo assim,  a Tia Nana nunca deixou de desafiar o pai.


Lembrete: durante praticamente todo o século XX, as casas eram feitas de madeira e as janelas das mesmas, construídas no formato de uma porta  reduzida pela metade o que permitia por consequência a qualquer pessoa sair por ela, diferentemente das janelas atuais que além de serem subdivididas em quadrados muito pequenos, pelos quais uma pessoa não consegue passar,  ainda contam com grades.


t

ZÉ BAIANO


Este é um registro do ano de 1995, na cidade de Cáceres. Temos da esquerda para a direita a Tia Fia, esposa de José Baiano, o seu sobrinho, Enio Ribeiro e os seus dois filhos, Dinho e Joãozinho. 
Enio Ribeiro e a sua esposa, Josefa da Silva Ferreira (popular Josê), visitaram e ficaram hospedados na casa de José Baiano, sediada na Cidade de Cáceres. A recepção calorosa e carinhosa dada por este aos sobrinhos, é algo que impressionou Enio Ribeiro. 
Observação: o apelido de Zé Baiano se deve ao fato deste ser filho de Luis Antônio de Oliveira (popular Luis Baiano).