CONVERSAS DOS
CAMPONESES SOBRE O HOMEM DA CIDADE?
Vou narrar aqui falas comuns aos camponeses residentes em São Lourenço
quando vinham a Dourados. Os camponeses
periodicamente iam a cidade de Dourados, e, um pouco menos a Caarapó e até a
Vila Nova América. Estas visitas eram
feitas periodicamente, às vezes uma vez ao mês, ou com periodicidade maior (três,
cinco ou seis meses) e por vezes, porque não dizer? !!! Anualmente. Na cidade
os camponeses iam para comercializar o excedente de sua produção,
especialmente, o arroz, comprar mantimentos, produtos industrializados (querosene,
fósforo, açúcar, farinha de trigo, fumo, etc).
E aqui me refiro as falas de diversas famílias camponesas residentes em
são Lourenço: Ribeiro, Oliveira, Ferreira,
Lopes, Ricardi, Alexandre, Bispo, Marcelino, etc.
Pois bem, os camponeses ficavam perplexos com as práticas do homem,
digamos urbano – assim me expresso porque na verdade estas cidades ainda cultivavam
hábitos, os mais variados, típicos de comunidades rurais. Vejamos algumas das
falas:
“na
cidade as pessoas não usam mais chapéu, apesar de o sol ser muito quente. Pode uma coisa dessas? Vão cozinhar o miolo da
cabeça (o cérebro)”. Também comentavam: “o fulano trabalha numa repartição pública
ou comércio, e como não toma mais sol, a pele tá amarela”. “ E a mão dele,
parece mão de moça!!!Não tem não, não senhor, mais calo na mão”
Nenhum comentário:
Postar um comentário