quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

CONVERSAS DOS CAMPONESES DE SÃO LOURENÇO SOBRE O HOMEM DA CIDADE?


CONVERSAS DOS CAMPONESES SOBRE O HOMEM DA CIDADE?
Vou narrar aqui falas comuns aos camponeses residentes em São Lourenço quando vinham a Dourados.  Os camponeses periodicamente iam a cidade de Dourados, e, um pouco menos a Caarapó e até a Vila Nova América.  Estas visitas eram feitas periodicamente, às vezes uma vez ao mês, ou com periodicidade maior (três, cinco ou seis meses) e por vezes, porque não dizer? !!! Anualmente. Na cidade os camponeses iam para comercializar o excedente de sua produção, especialmente, o arroz, comprar mantimentos, produtos industrializados (querosene, fósforo, açúcar, farinha de trigo, fumo, etc).
E aqui me refiro as falas de diversas famílias camponesas residentes em são Lourenço:  Ribeiro, Oliveira, Ferreira, Lopes, Ricardi, Alexandre, Bispo, Marcelino, etc.
Pois bem, os camponeses ficavam perplexos com as práticas do homem, digamos urbano – assim me expresso porque na verdade estas cidades ainda cultivavam hábitos, os mais variados, típicos de comunidades rurais. Vejamos algumas das falas:
“na cidade as pessoas não usam mais chapéu, apesar de o sol ser muito quente.  Pode uma coisa dessas? Vão cozinhar o miolo da cabeça (o cérebro)”. Também comentavam: “o fulano trabalha numa repartição pública ou comércio, e como não toma mais sol, a pele tá amarela”. “ E a mão dele, parece mão de moça!!!Não tem não, não senhor, mais calo na mão”

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