Eis aí, um dos formatos que a bosta de
vaca pode assumir
De volta ao passado, meus queridos parentes, relato neste texto como é que combatíamos os pernilongos e os mosquitos porvinha que nos atacavam, no São Lourenço e região, nas décadas de 1960 e 1970. As gerações mais novas da Família Oliveira e agregados, não tem a mínima noção do tempo que vivemos e como sobrevivemos, já que hoje existem diversos produtos (venenos nas formas líquida, sólida e elétrica), os quais matam ou afugentam os pernilongos.
Pois é, no nosso tempo, recorríamos a bosta de vaca seca. Nós a recolhíamos, fazíamos um monte e nele colocáva-mos fogo e lentamente, a bosta era queimada, produzindo uma fumaça que afugentava os pernilongos e a gente podia então ficar sossegado e dormir em paz.
Quantas vezes, na boca da noite, fui catar bosta de vaca, e não raro, pegávamos algumas ainda não bem secas, deixando as minhas mãos melecadas.
Também quero lembrar que a fumaça deixava nossas roupas e pele ligeiramente impregnados do cheiro da bosta de vaca. Todavia, como era uma situação comum a todo mundo, ninguém era ridicularizado por isso. Melhor ficar impregnado do cheiro da bosta de vaca do que ser picado pelos pernilongos. Ademais, a bosta de vaca não é tão fedida quanto a dos humanos, afinal de contas, a vaca é um animal herbívoro.
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