quinta-feira, 29 de agosto de 2019

BOSTA DE VACA, GRANDE REPELENTE DE PERNILONGOS E MOSQUITOS

Eis aí, um dos formatos que a bosta de
 vaca pode assumir

De volta ao passado, meus queridos parentes, relato neste texto como é que combatíamos os pernilongos e os mosquitos porvinha que nos atacavam, no São Lourenço e região, nas décadas de 1960 e 1970. As gerações mais novas da Família Oliveira e agregados, não tem a mínima noção do tempo que vivemos e como sobrevivemos, já que hoje existem diversos produtos (venenos nas formas líquida, sólida e elétrica), os quais matam ou afugentam os pernilongos.
Pois é,  no nosso tempo, recorríamos a bosta de vaca seca. Nós a recolhíamos, fazíamos um monte e nele  colocáva-mos fogo e lentamente, a bosta  era queimada, produzindo uma fumaça que afugentava os pernilongos e a gente podia então ficar sossegado e dormir em paz.
Quantas vezes, na boca da noite, fui catar bosta de vaca, e não raro, pegávamos algumas ainda não bem secas, deixando as minhas mãos melecadas.
Também quero lembrar que a fumaça deixava nossas roupas e pele ligeiramente impregnados do cheiro da bosta de vaca. Todavia, como era uma situação comum a todo mundo, ninguém era ridicularizado por isso. Melhor ficar impregnado do cheiro da bosta de vaca do que ser picado pelos pernilongos. Ademais, a bosta de vaca não é tão fedida quanto a dos humanos, afinal de contas, a vaca é um animal herbívoro.

terça-feira, 27 de agosto de 2019

ESTÓRIAS CONTADAS SOBRE O ÍNDIO

Quando eu era menino, isso faz muito tempo, os meus pais, tios e avós diziam, o índio tem muita força porque come carne crua, sendo assim, ela preserva todos os seus nutrientes, e quem, a ingeri-la crua, caso dos índios, tem muita força. Diziam, menino um índio é capaz de erguer um tambor de óleo diesel de duzentos litros sozinho. Eu particularmente, nunca vi nenhum índio fazendo isso, mas ficava pensando com os meus botões, será  verdade? Diziam também que os indígenas tinham um ouvido tão aguçado que eram capazes de ouvirem passos de uma pessoa a km de distância. Bastava apenas colocarem os ouvidos no chão.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

UM ESPETÁCULO EM QUE O ARTISTA ERA A PANELA DE PRESSÃO


Ontem, conversando com o Alberto, meu irmão, quando ele me visitou, me prestigiou e muito me honrou com a sua presença, por conta de ser a data de meu aniversário, como acontece nestas ocasiões, e quando o ser humano ingressa na casa dos 60 anos, isto é, a terceira idade, eis que o mano, falou de quanto ficava maravilhado, nos tempos de crianças, ou seja, final dos anos 1960 e início dos anos 1970, nas raras visitas que nos foi permitida de  fazermos aos nossos avós maternos, vale dizer: Maria Baiana e Luís Baiano. Ocorre que tinha uma panela de pressão, coisa raríssima naquele sertão onde morávamos.
Assim o mano descreveu a emoção que sentia, qual seja, ver a válvula da panela acionada pela pressão girar e fazer aquele chiado característico. Nas demais casas de São Lourenço e redondezas, poucos eram os que tinham algo tão moderno. Eu particularmente não me lembro de ninguém que as tivesse. E na medida que ele descrevia as suas lembranças e o quanto ficara encantado, confesso, momentaneamente relembrei deste acontecimento. E realmente, era algo emocionante e indescritível.

A magia da panela de pressão

Com esse depoimento meus queridos parentes, vocês podem ter uma ideia do fosso que se coloca entre nós e as gerações atuais, por conta da revolução tecnológica que o mundo viveu nos últimos 50 anos. Não tenho vergonha de confessar, é, como diria o sertanejo: "é coisa butada" (rsrs). Mas apesar de tudo estamos vivos, um pouco pinel, mais damos as nossas cacetadas.