quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

A AMIZADE ENTRE O TIO LILO E A IZAURA

Nesta última e recente viagem feita ao Til Lilo, em Araçatuba (SP), conversei bastante com ele sobre a minha mãe, a Isaura Ribeiro de Oliveira. Nesta conversa o Tio revelou que o meu pai (Epifânio Ribeiro) para poder namorar a Isaura, precisou contar com a colaboração dele (Tio Lilo), até porque Luís Baiano, o pai de Isaura e meu avô, era muito temperamental. Obviamente o meu pai tinha receio de fazer uma abordagem mais ousada a Isaura, não só pelo fato de Luís Baiano ser muito esquentado, mas também receava não ser correspondido em seus sentimentos por Isaura. E atentem estou falando do ano de 1957, quando as famílias eram extremamente conservadoras.
Tio Lilo fez o papel de pombo correio. Disse que tinha plena identificação de valores e gostos com Izaura, e que o meu pai, o conquistou, "um cunhado que  me deixou muito feliz ao casar com a minha irmã querida, isto é, a Isaura" - acrescentou.
Por outro lado, a família do meu pai, especialmente, Pulcina Ferreira (mãe de Epifânio Ribeiro), a princípio não aprovava o namoro de meu pai com Isaura por temer que ele fosse alvo de ações violentas do Luís Baiano. No entanto, num espaço de tempo  muito curto, as duas famílias ficaram amicíssimas. Luís Baiano sempre se comportou de forma muito cortêz com a Família Ribeiro e vice-versa. Quanto a Isaura, conquistou a toda a Família Ribeiro. Pena que tenha vivido tão pouco, já que faleceu em 1964, com apenas 29 anos de idade, deixando como órfãos, eu (Enio), o Alberto e o Aurélio, todos ainda muito crianças. Eu o mais velho tinha apenas 06 anos de idade.

UMA MULHER DA LIDA
Tio Lilo disse também nessa conversa que a Isaura, embora fosse uma boa dona de casa, era muito mais afeita a lida com o gado. Se entendia bem com as vacas, conseguia domesticar os animais, vamos assim dizer, com ternura. Além do mais era destemida.
O Luís, filho da Tia Nana, narrou pra mim - aliás já postei anteriormente, neste blog, esta narrativa - que a Isaura, quando estava diante de uma vaca  com uma cria recente, quando esta ficava brava ao aproximar do bezerro, colocava entre ela a vaca o bezerro. Desta forma, a vaca temendo machucar o bezerro, isto é, a sua cria, desistia de atacá-la. E fazia isto, sem medo, acrescentou, o Luís.

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